O silêncio
Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.
Eugénio de Andrade,
in Obscuro Domínio
2 comentários:
Neste dia cinzentão e triste até o som do silêncio incomoda!
gb
Gosto do silêncio!
Ouve-se muita coisa...tudo o que quisermos!
Abraço
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