Receita para fazer um herói
Tome-se um homem,
Feito de nada, como nós,
E em tamanho natural.
Embeba-se-lhe a carne,
Lentamente,
Duma certeza aguda, irracional,
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois, perto do fim,
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim.
Serve-se morto.
Reinaldo Ferreira,
in Poemas, Portugália
2 comentários:
Nunca concordei com a mensagem deste poema. Conheci, razoavelmente, o Poeta, em Lourenço Marques, pois jantava, algumas vezes em casa do meu pai.
Acho e achei sempre ser esta uma visão redusiocionista de um tema transcendeste ao longo de séculos.
Morrer pela Pátrias e ser Herói é demasiadamente grande para tão curtas palavras.
Haverá quem pense diferente?
Muito bem. Respeitem-se as opiniões. Há algumas que nem sequer isso merecem.
O abraço de sempre
JS
Opiniões são opiniões.A minha é bastante diferente da do senhor JS.
Quando se perdem amigos, numa guerra que nem sequer era deles..,para quê ser Herói?
Maria
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