sábado, 6 de março de 2010

Nunca mais


Nunca mais

Nunca mais
Caminharás nos caminhos naturais.

Nunca mais te poderás sentir
Invulnerável, real e densa.
Para sempre está perdido
O que mais do que tudo procuraste:
A plenitude de cada presença.

E será sempre o mesmo sonho, a mesma ausência


Sophia de Mello Breuner Andresen,
Antologia, Moraes Editores

6 comentários:

Maria P. disse...

Que bom gosto...

Beijinho, bom fim-de-semana*

Anónimo disse...

Nunca digas nunca!..
bjinho
gb

Rosa dos Ventos disse...

Mesmo que não estivesse identificada eu sentiria logo que era de Sophia...
Sophia tão límpida, tão cheia de mar e de manhãs claras mas também de ausências...sofridas...

Escutador de Almas disse...

Porque será que a "ausência" é tão frequente na poesia de Sophia?
Respondam, please!

Isabel A disse...

Existe uma similitude entre esta "ausência" e a "saudadade" tão típica das emoções lusas.

Rosa dos Ventos disse...

Vou esperar até amanhã a ver se surge a resposta que dei...
Às vezes há atrasos!

Abraço