sexta-feira, 1 de agosto de 2008

As dua faces da felicidade!

Há umas semanas, fazendo zapping, desporto favorito dos homens, passei por uma série da FOX (?) que retratava uma família mórmon, em que o chefe de família tinha três mulheres e, neste episódio, encontrava-se clandestinamente com a primeira mulher na hierarquia, a sua preferida, porque tinha os dias distribuídos equitativamente pelas três e não podia estar com ela quando queria.

Este episódio fez-me lembrar um filme notável que vi no fim dos anos 60, de Agnes Varda, Le Bonheur, As duas faces da felicidade, em português.
Filme de uma beleza plástica notável e de uma delicadeza e sensibilidade tal que só podia ter sido realizado por uma mulher.
A personagem masculina , casado, era muito feliz, tendo um amor profundo pela sua mulher. Por acaso da sua actividade profissional encontrou outra mulher de que se tornou amigo e mais tarde amou com intensidade.
A tese que ele defendia, junto da mulher e do novo amor, sem esconder a nenhuma delas o que sentia por ambas, era que o amor pela mulher não colidia com o novo amor, pelo contrário, a felicidade que o primeiro lhe proporcionava era potenciado pela felicidade que o segundo lhe dava.
Os dois amores potenciavam-se e o resultado era maior e melhor que a soma das partes.
O resto da história, magistralmente contada pela realizadora, não interessa para a questão que me suscitou o episódio e o filme.

Retirando qualquer sentimento de culpa ou pressão social, será que é possível um homem amar assim duas mulheres, ou uma mulher amar dois homens desta maneira?

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