sábado, 5 de julho de 2008

E se o homem engravidasse?



A partir dos anos 60 com o advento da pílula, com os movimentos estudantis na América e em França, temos assistido a uma verdadeira revolução ao nível das relações e dos valores.

Liberdade sexual, planeamento familiar, divórcio, interrupção da gravidez, uniões de facto, são situações novas que transportam consigo valores novos.

A somar a estes factos assistimos a um aumento significativo do número de mulheres no Ensino Superior. Há poucos anos, para cada 100 rapazes havia 130 raparigas, com a correspondente maioria de mulheres ao nível de quadros e quadros superiores.

A mulher libertou-se mas também se sobrecarregou, pois nem todos os homens aceitam a divisão igualitária das tarefas domésticas e familiares, apesar da tendência evolutiva ser no sentido de uma real divisão de tarefas. O casamento/união de facto passou a ser consumado muito mais tarde e o primeiro filho e quase sempre único, mais tarde ainda.

A quebra da natalidade com a diminuição demográfica, invertendo a relação jovens/idosos, em toda a Europa, leva a uma “importação” de imigrantes jovens para preencher a lacuna da baixa natalidade, com algumas possíveis dificuldades de integração cultural e social.

Como resolver este problema?

Alguns defendem que a mulher deve regressar ao lar e ter ordenado!

Para mim a questão deve ser posta doutra maneira: a mulher ou o homem, devem poder regressar ao lar e terem ordenado. Essa questão, quem deve regressar, deve ser resolvida por cada casal, segundo as suas circunstâncias.

Mas há um problema que não se resolve tão facilmente: só a mulher engravida!

Supondo que as condições económico-financeiras dos países melhoram, estará ela disposta a aumentar o número de gravidezes? Com “barrigas de aluguer”, ou teremos “gravidezes” totalmente em laboratório? Mas em que século? E sempre com a oposição das mesmas instituições!

Seria tudo mais fácil se o homem também pudesse engravidar!

Se a natureza o permitisse seria eu capaz, teria coragem de engravidar? Em teoria sim, na prática não posso responder, mas é tudo uma questão cultural e biológica.

Se fosse assim, provavelmente assim seria.

Como o mundo seria diferente se a natureza permitisse essa possibilidade, como as relações entre as pessoas seriam muito mais fáceis e a complementaridade de um casal mais perfeita, como haveria , de certeza, menos guerras e menos violência se todos pudessem viver e sentir o que é e o que significa significa ser mãe. Sei o que é ser pai, mas ser mãe deve ser muito mais profundo, enriquecedor e íntimo.

Sem comentários: