
XXXIV
Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos como animais envelhecidos;
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos:
como frutos de sombra sem sabor
vamos caindo ao chão apodrecidos
Eugénio de Andrade
As mãos e os frutos
5 comentários:
...
" E se não choras, do que costumas chorar?"
Inferno
Dante
eu digo sempre o mesmo de eugénio de andrade... palavras simples que falam tanto!
um abraço
luísa
Tal é a vontade do ter que a pressa é tal que não há tempo de ver e viver com qualidade. Bjs
Triste! :-((
Abraço
Este poema suscita-me a impressão que guardo do autor deste poema gerada num encontro em que o vi e ouvi e... não gostei.E que confirma a questão debatidíssima da necessidade ou vantagens de conhecer o autor , qualquer autor, para perceber a sua obra.
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