terça-feira, 2 de setembro de 2008

Silêncio vazio


No ponto onde o silêncio

No ponto onde o silêncio e a solidão
Se cruzam com a noite e com o frio,
Esperei como quem espera em vão
Tão nítido e preciso era o vazio

Sophia de Mello Breyner Andresen

6 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Deixa-me sempre emocionada a capacidade que Sophia tem de, numa forma tão breve, serena, clara, limpa de artifícios, transmitir sentimentos tão profundos e avassaladores.
Lemos o poema e pensamos: "Como é que eu nunca me lembrei de escrever isto, uma vez que o sinto?"

Abraço

Escutador de Almas disse...

RV,
Este poema é sublime. Diz tudo! Silêncio, solidão, espera, vazio, tudo isto tem a ver com todos nós em qualquer altura da nossa vida, ou mesmo na maior parte dela.
Para além da forma que é perfeita, como tu dizes, breve, clara, serena e limpa!

Anonymous disse...

Nao gosto da solidão , nem do silencio, nem da espera , nem do vazio , complica-me ...
Hélder

Rosa dos Ventos disse...

Ai Átila, Átila, deves ser um manancial de energia e de alegria!
Que sorte a tua e de quem te rodeia! :-))

Abraço

Tere disse...

Tanta espera, tanto vazio e solidão na minha vida! Nem sempre desejados, nem sempre esperados e acho que nem merecidos...E a vida tem passado ao lado...silencosamente.

Triste mas bonita a escolha dos escritos de Sophia. Abraço Duarte e votos de paz interior e pouca solidão.

Escutador de Almas disse...

Tere,
Um dia o sol brilhará e aquecerá o teu coração!
Vai aproveitando para saborear as pequenas coisas boas que a vida te oferece.